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sexta-feira, 5 de abril de 2013

SUBJETIVIDADE, LIDERANÇA E SAÚDE


SUBJETIVIDADE, LIDERANÇA E SAÚDE


Carine F. Almeida

            Organizações e pessoas estão engajadas ao ponto de que uma não sobrevive sem a outra. Assim, sabe-se ou ao menos deveria se saber que um sujeito que chega a uma organização mesmo que não possua a tão exigida experiência profissional, o mesmo sempre possuirá conteúdos a agregar a empresa, pois este possui seus próprios conteúdos e valores que constituirão a organização ao mesmo tempo em que será construído por ela.
            Nessa relação empresa e empregado existe um sujeito que possui um dos principais papéis, a liderança. Infelizmente hoje, podemos encontrar muitas organizações que possuem sujeitos despreparados ocupando essa posição, mas não vamos nos deter a pensar como um sujeito assim acabou ocupando um papel tão importante, sem conhecer seu verdadeiro significado para exercê-lo devidamente.
            Assim, o objetivo do artigo é refletir sobre algumas qualidades fundamentais de um líder e as conseqüências da falta destas para a saúde de toda uma equipe. Um ponto que gostaria de chamar a atenção refere se a algo comum de se encontrar nas lideranças, a forma como os sujeitos confundem ser líder com ser autoritário, pois um não tem nada haver com o outro, ou seja, quando um existe o outro não existe.
            Pisani (1999) propõe que em relações grupais onde os lideres são democráticos, tomam decisões junto com o grupo, levando em consideração o consentimento de todos, proporcionando um ambiente de flexibilidade, troca de elogios, valorização do sujeito em sua subjetividade e como membro do grupo de trabalho, os funcionários mostram maior motivação e envolvimento com as tarefas. A qualidade das relações interpessoais e o significado do trabalho na vida de cada sujeito mostram-se satisfatórios, consequentemente a satisfação dos membros em fazer parte da organização também é maior, assim como a qualidade da produção.
            Quando uma liderança é bem exercida podemos observá-la facilmente, pois ela não irá manter-se apenas em um sujeito, mas percorrerá todos os membros de um grupo, dando oportunidade de todos opinarem, darem idéias, ocorre troca de experiências e uma evolução grupal. Uma qualidade que também considero fundamental para um líder, é possuir uma visão ampla, ver o indivíduo no grupo, mas também em sua subjetividade, valorizando mais suas qualidades a fim de amenizar seus defeitos no trabalho em equipe, isso tudo é fundamental para a saúde de um trabalhador já que está envolvido conteúdos de sua auto-estima, por exemplo, o que acaba por se refletir em todo o grupo.

PISANI, E. M. Temas de Psicologia Social. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

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