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quarta-feira, 10 de abril de 2013

TIPOS DE LIDERANÇA


TIPOS DE LIDERANÇA


Fabio Lutz


Vários foram os autores que abordaram os tipos de liderança. No entanto, sobressai-se uma teoria mais comummente referenciada, e bastante utilizada, de White e Lippitt (1939). De acordo com estes autores existem essencialmente trê tipos de lideranç: Autoritáia, Liberal e Democráica.
Assim, explorar-se-ão as caracteríticas principais de cada tipo, trabalhando vantagens e inconvenientes de cada um.
Iniciaremos esta abordagem pelo estudo do líer autoritáio: fixa directrizes sem a participação do grupo, determina as ténicas para a execuçã das tarefas. É também ele que designa qual a tarefa de cada um dos subordinados, e qual sera o companheiro de trabalho de cada sujeito. É dominador, provocando tensão e frustração no grupo. Tem uma postura essencialmente directiva, dando instruçõs concretas, sem deixar espaço para a criatividade dos liderados. Este líder é pessoal, quer nos elogios, quer nas crtíicas que faz. As consequêcias desta liderança estão relacionadas com uma ausêcia de espontaneidade e de iniciativa por parte dos liderados, bem como pela inexistêcia de qualquer amizade no grupo, visto que os objectivos são, o lucro e os resultados de produção. O trabalho só se desenvolve na presença física do líer, visto que quando este se ausenta, o grupo produz pouco e tende a indisciplinar-se, expandindo sentimentos recalcados. O líder autoritário provoca grande tensão, agressividade e frustração no grupo.
Relativamente ao estilo de líder liberal, também denominado de laissez faire , não há imposição de regras. O líder não se impõe ao grupo e consequentemente não é respeitado. Os liderados têm liberdade total para tomar decisões, quase sem consultar o líder. Não há grande investimento na função, no estilo liberal, havendo participações mínimas e limitadas por parte do líder. Quem decide sobre a divisão das tarefas e sobre quem trabalha com quem, é o próprio grupo. Os elementos do grupo tendem a pensar que podem agir livremente, tendo também desejo de abandonar o grupo, visto que não esperam nada daquele líder.
Como não há demarcação dos níveis hierárquicos, corre-se o risco do contrário desta atitude de abandono entre os subordinados. Este é frequentemente considerado o pior estilo de liderança, pois reina a desorganização, a confusão, o desrespeito e a falta de uma voz determine funçõs e resolva conflitos.
No que diz respeito ao terceiro estilo de liderança, o líder democráico assiste e estimula o debate entre todos os elementos. É o grupo, em conjunto, que esboça as providêcias e ténicas para atingir os objetivos. Todos participam nas decisões. As directrizes são decididas pelo grupo, havendo contudo um predomínio (pouco demarcado) da voz do líder. O grupo solicita o aconselhamento técnico do líder, sugerindo este várias alternativas para o grupo escolher.
Cada membro do grupo decide com quem trabalhará e é o próprio grupo que decide sobre a divisão das tarefas. O líder tenta ser um membro igual aos outros elementos do grupo. O líder democrático, quando critica ou elogia, limita-se aos fatos, é objectivo. Este tipo de liderança promove o bom relacionamento e a amizade entre o grupo, tendo como consequêcia um ritmo de trabalho progressivo e seguro. O comportamento deste líder é essencialmente de orientação e de apoio. Surgem, em resumo, grandes qualidades de relação a nível interpessoal, bem como bons resultados ao nível da produção / resultados.
Mediante estes trê tipos de liderança, cabe a cada sujeito escolher aquele que mais se adapta á suas prórias caracteríticas, à funções, competêcias e feitios dos liderados, bem como à tarefas e contextos de realização dos objetivos. Perante o que foi exposto e, sabendo-se já que a liderança é uma competêcia a ser trabalhada e exercida, devemos, talvez, escolher o estilo que mais resultados positivos traga, quer para o líder, quer para os liderados.
É no entanto, importante salientar que não há estilos puros, em termos práticos: ninguem é um único estilo de liderança, mas o que acontece é que os líderes têm mais ou menos caracteríticas de um ou de outro tipo. Sucede, também, que mediante situações especíicas os líderes optem um estilo mais adaptado e mais eficaz à vicissitudes do projeto, da equipe, do contexto, dos prazos, etc.
Referências Bibliográficas:
Almeida, F. N: (1996). O Gestor: a arte de liderar . Lisboa: Edt. Presença
Almeida, F. N. (1995). Psicologia para gestores – Comportamentos de sucesso nas organizações. Lisboa. McGraw‐Hill.
Estanqueiro, António (1993). Saber lidar com as pessoas. Lisboa: Edt. Presença. Fachada, Odete (1998).
Psicologia das relações interpessoais . Lisboa: Edições Rumo, ltda. Gomes, A.D., Cardoso, L. & Carvalho, C. (2000).
Discurso de Liderança: o que faz sentido faz-se . In Psychologica, 23, 7‐36.
Lourenço, P.R.(2000). Liderança e eficácia: uma relação revisitada. In Psychologica, 23, 119‐130. Masonneuve, Jean (1967).
A dinâmica dos grupos . Lisboa: Livros do Brasil. Pracana, Clara (2001).
O líder sedutor . Lisboa: Climepsi Editores. Rego, A. (1999)
A comunicação nas organizações . Lisboa: Edições Sílabo. Rego, A. (1998)
Liderança nas organizações: teoria e prática . Universidade de Aveiro
Saint-Exupèy, A (1940) O Principezinho . Lisboa: Edt. Aster.

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