A competição nos Recursos Humanos
Carlos Alexandre Cruz Bloedow
André Luis Lüdtke
Competir:
desde os primórdios da civilização os homens competem, disputam e enfrentam-se,
primeiramente os motivos eram alimentos, melhores ambientes para sobreviverem e
expandirem seus clãs. Com o passar dos séculos, foram adicionados outros
fatores como religião, busca por outras terras mar afora, expansão de impérios
e busca por poder. Hoje, muita coisa mudou na forma de disputa, mas esses
fatores seguem guiando o rumo da civilização. Estamos no espaço, as disputas
religiosas continuam e o mercado (tanto de benfeitorias, serviços e alimentos)
tem grande relevância no cenário atual, pois gera a renda necessária para as
aspirações das nações.
As
organizações têm buscado alcançar a maior eficiência possível, aumentando
receitas e diminuindo custos. Desta forma, os departamentos de Recursos Humanos
não fogem desta realidade. Segundo Chiavenato (2004, p.27) “A ARH é uma das
áreas mais afetadas pelas recentes mudanças que estão acontecendo no mundo
moderno”, ele ainda diz da necessidade de considerar as pessoas “como parceiros
e colaboradores do negócio da empresa.” Sendo de suma importância a criação de
mecanismos que permitam a melhor alocação destas pessoas, com o intuito de
desenvolver, motivar, manter e oferecer um ambiente de trabalho que proporcione
a elas atingirem o rendimento mais eficiente possível.
Uma
metodologia bem atual é o balance scorecard colocado assim por Teixeira,
Silveira, Neto e Oliveira (2010, p.35) que coloca como fator de sucesso a
organização da perspectiva de aprendizagem e crescimento direcionados às
pessoas e às infraestruturas de recursos humanos: “Os investimentos a realizar
nessa vertente são um fator são um fator crítico para a sobrevivência e o
desenvolvimento das organizações a longo prazo.” Esse sistema é baseado em
indicadores de desempenho, permitindo em
todos os níveis da companhia uma visão compartilhada dos objetivos.
Com
a chegada da era da informação, o capital financeiro está perdendo campo em
relação ao capital intelectual. Chiavenato (2004,p.33) diz que “É o
conhecimento e sua adequada aplicação que permitem captar a informação
disponível para todos e transformá-la
rapidamente em oportunidade de novos produtos e serviços, antes que os
concorrentes consigam fazê-lo.”
Ter
colaboradores com essa capacidade deixa a empresa com uma vantagem expressiva
dentre as demais, mas acaba apresentando um problema: Como mantê-lo motivado e
satisfeito dentro da empresa? Um caminho é o desenvolvimento de políticas de
benefícios, plano de cargos, participação nos lucros (ou resultados), ambiente
de trabalho seguro e higiênico. Em Teixeira, Silveira, Neto e Oliveira (2010,
p.84 e 85) “[...] exige que a gestão de
pessoas proporcione políticas e instrumentos para que o desempenho das pessoas
constitua, realmente, um diferencial competitivo. Tal diferencial, em sua
essência, envolve o desempenho estratégico.” Têm relevância neste contexto os
programas de capacitação, nova maneira de educar líderes e treinar talentos com
potencial de liderança.
A
remuneração e os programas de benefícios e incentivos das empresas são
fundamentais no processo de estimular a motivação dos colaboradores, (dispostas
a encarar desafios, criativas e que sabem onde querem chegar) e ainda, são
diferenciais na manutenção dos talentos da organização, sendo de suma
importância não só a remuneração financeira, mas também a emocional, no qual
seus anseios e desejos possam ser atendidos. Atenção especial deve ser
direcionada a este item; (MILKOVICH & BOUDREAU,
2000, p386)” “As relações referentes ao patamar de remuneração traduzem a política de
competitividade externa em prática”.
Para que as organizações possam se desenvolver de maneira sustentável é
necessário que os recursos humanos sejam prioridade. Devem voltar suas estratégias
a fim de assegurar que o ativo (pessoas) sejam estimulados, desafiados, além de
dispor condições e estruturas adequadas ao desenvolvimento de suas atividade,
agregando valor ao trabalho executado e a seus clientes; como afirma Gil (2001)
“Para manter custos baixos a empresa precisa selecionar adequadamente seu
pessoal, treiná-lo para que se torne mais eficiente e competitivo, manter
relações de trabalho harmoniosas, garantir elevados níveis de segurança e de
saúde para seu pessoal e estruturar o trabalho para reduzir o tempo e os
recursos necessários para planejar, distribuir os bens e serviços produzidos”.
(Gomes – Mejia et Al., 1998, P.8).
Como constatamos nas
quatro obras pesquisadas, a Gestão de Pessoas bem administrada torna-se um
diferencial importante nas organizações, inseridas num cenário de forte
competição, tanto por mercados como funcionários qualificados ou com potenciais
a serem desenvolvidos, elas ressaltam a necessidade de vários mecanismos com a
intenção de gerir de forma eficiente o grupo de trabalho, desde a contratação,
o desenvolvimento, motivação e manutenção, as companhias que atingirem esse
patamar de desenvolvimento humano, terá em suas mãos um diferencial competitivo
para alcançar seus objetivos.
Referencial Bibliografico
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 2004 GIL, Antônio Carlos.Gestão de Pessoas: Enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas. 2001.
GÓMES-MEJIA, Luis R,;BALKIN, David B.;CARDY Robert L. Managing human resources.2. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1998.
MILKOVICH, George T.; BOUDREAU, John W. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000.
TEIXEIRA, Gilnei Mourão; SILVEIRA, Aristeu Coelho da; NETO, Carlos Pinheiro dos Santos Bastos; OLIVEIRA, Gercina Alves de. Gestão estratégica de pessoas.2.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010
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